Na ciência do desenvolvimento, vínculo não é sinônimo de amor, mas de regulação emocional compartilhada. John Bowlby foi claro: o bebê não busca apenas alimento ou cuidado físico, busca segurança relacional.
Mary Ainsworth confirmou empiricamente essa ideia ao demonstrar que a sensibilidade do cuidador, e não a perfeição, é o principal preditor de um apego seguro.
Ao cruzar Bowlby, Ainsworth, Winnicott, Stern, Tronick, Beebe, Fonagy e Schore, há um consenso sólido:
Revisões contemporâneas mostram que depressão e ansiedade parentais afetam a sintonia interacional, enquanto intervenções precoces focadas na relação melhoram o vínculo, mesmo em contextos de risco.
👉 Quando seu filho se desorganiza, você tenta silenciar o comportamento ou compreender o estado emocional por trás dele?
👉 Como você foi acolhido quando era criança?
Bowlby, J. (1969/1982). Attachment and loss: Vol. 1. Attachment. Basic Books.
Ainsworth, M. D. S. et al. (1978). Patterns of attachment. Lawrence Erlbaum.
Winnicott, D. W. (1965). The maturational processes and the facilitating environment. Hogarth Press.
Stern, D. N. (1985). The interpersonal world of the infant. Basic Books.
Leppänen, M. et al. (2024). Early psychosocial parent–infant interventions. Frontiers in Psychology.
Diniz, B. P. et al. (2023). Mother–infant bonding and postpartum depression. Revista SciELO.
Luis Ismael dos Santos é psicólogo clínico (CRP 07/40640), com atuação em saúde mental, perinatalidade, parentalidade e desenvolvimento humano.
Seu trabalho integra escuta psicanalítica, base científica e cuidado ético ao longo do ciclo vital.
"A psicanálise oferece ao sujeito a chance de deixar de ser apenas um portador de sintomas
e tornar-se autor de sua história."
MANNONI, 1986